ANÁLISE, PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE AULA COM MATERIAL DIGITAL - AULA UTILIZANDO OS RECURSOS DO PROGRAMA TV ESCOLA
OBS.: a primeira parte deste texto fora postada em 25/08/2010.
CURSISTA: Silvania Bucar
PROFESSOR FORMADOR: Erivaldo Dias dos Santos
A programação que chega à escola possui um poder que vai além da informação objetiva da qual é portadora. Este poder é o de transformar a realidade da escola em um novo lugar, ou seja, um lugar que contém, ao mesmo tempo, um não-lugar, aquele que chega por meio da parabólica. Este é um paradoxo que está a desafiar não só os educadores, mas toda a sociedade.
Assim, a televisão na escola significa, não apenas, que há a disponibilidade de mais um recurso para a Educação em sala de aula, mas também a existência de uma nova forma de essa escola se situar no mundo. Cada escola com a sua antena parabólica está integrando uma enorme rede de informações que, além de estar proporcionando uma recepção simultânea de programas produzidos e gerados a distância, está igualmente abrindo horizontes ainda não explorados totalmente pela educação. O resultado desse processo depende da forma como cada escola se apropria desse recurso.
A linguagem audiovisual televisiva torna possível a veiculação de uma enorme gama de informações, sob os mais diferentes formatos e gêneros. Isso, de certa forma, permite que, praticamente, todos os temas possam ser abordados em programas de televisão.
Assim, o mundo na TV pode não ser somente o mundo constituído pelo espaço geográfico com toda a sua diversidade cultural, mas, igualmente, o mundo do conhecimento humano. É possível por meio do audiovisual, realizar estudos de universos intergaláticos e, da mesma forma, penetrar em realidades de dimensões microscópicas.
É claro que algumas temáticas são mais próprias para serem trabalhadas por meio de programas que utilizam a linguagem audiovisual. Por outro lado, pelas características que essa linguagem possui, quando incorpora uma série de outras linguagens, quase tudo pode ser trabalhado audiovisualmente.
Mesmo as situações mais abstratas e desprovidas de imagens podem ser apresentadas por meio de algum tipo de estrutura áudio-escrito-visual. Fórmulas matemáticas podem ser demonstradas por meio de esquemas e gráficos animados. Experiências científicas, das simples às mais complexas, podem ser registradas em programas televisivos.
Em síntese, o surgimento desse novo meio ambiente de forte densidade educativa pode ser explorado das mais variadas formas em todas as situações de aprendizagem, desde que se disponha dos instrumentos adequados.
Segundo Ubiratan D’Ambrósio, nenhuma língua ou religião se impôs ao mundo, somente o pensamento científico e o principal produto dele derivado, a tecnologia. Se nenhuma língua se impôs ao mundo, pode-se afirmar que uma linguagem sim – a do audiovisual. É principalmente por seu intermédio que se estabelece a grande rede de comunicação que envolve o mundo contemporâneo. É sobretudo por meio das imagens e sons possíveis de serem registrados por instrumentos audiovisuais que se configura a sociedade global.
“Os meios de comunicação revelam-se particularmente eficazes para desenhar e tecer o imaginário de todo o mundo. A mídia impressa e eletrônica, cada vez mais acoplada em redes multimídias universais, constitui a realidade e a ilusão da aldeia global”, diz Ianni. Nesse contexto, as mídias de âmbito específico, principalmente aquelas voltadas exclusivamente para a educação, têm um papel fundamental a cumprir. O grande desafio que se apresenta é o de integrar consciente e criticamente a escola, seus alunos e professores no universo da sociedade globalizada.
Bibliografia
AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas, Papirus, 1994.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Ciência. In: Pensamento inquieto.
Brasília, Cead – Editora da UnB, 1993.
IANNI, Octavio. Teorias da globalização. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1995.
ORTIZ, Renato. A moderna tradiação brasileira: cultura brasileira e indústria cultural.
São Paulo, Brasiliense, 1991.
Salto para o Futuro: TV e informática na Educação/Secretaria de Educação a Distância.
Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, SEED, 1998.
112 p. – (Série de Estudos. Educação a Distância, ISSN 1516-2079; v.3)
OBS.: a primeira parte deste texto fora postada em 25/08/2010.
CURSISTA: Silvania Bucar
PROFESSOR FORMADOR: Erivaldo Dias dos Santos
A programação que chega à escola possui um poder que vai além da informação objetiva da qual é portadora. Este poder é o de transformar a realidade da escola em um novo lugar, ou seja, um lugar que contém, ao mesmo tempo, um não-lugar, aquele que chega por meio da parabólica. Este é um paradoxo que está a desafiar não só os educadores, mas toda a sociedade.
Assim, a televisão na escola significa, não apenas, que há a disponibilidade de mais um recurso para a Educação em sala de aula, mas também a existência de uma nova forma de essa escola se situar no mundo. Cada escola com a sua antena parabólica está integrando uma enorme rede de informações que, além de estar proporcionando uma recepção simultânea de programas produzidos e gerados a distância, está igualmente abrindo horizontes ainda não explorados totalmente pela educação. O resultado desse processo depende da forma como cada escola se apropria desse recurso.
A linguagem audiovisual televisiva torna possível a veiculação de uma enorme gama de informações, sob os mais diferentes formatos e gêneros. Isso, de certa forma, permite que, praticamente, todos os temas possam ser abordados em programas de televisão.
Assim, o mundo na TV pode não ser somente o mundo constituído pelo espaço geográfico com toda a sua diversidade cultural, mas, igualmente, o mundo do conhecimento humano. É possível por meio do audiovisual, realizar estudos de universos intergaláticos e, da mesma forma, penetrar em realidades de dimensões microscópicas.
É claro que algumas temáticas são mais próprias para serem trabalhadas por meio de programas que utilizam a linguagem audiovisual. Por outro lado, pelas características que essa linguagem possui, quando incorpora uma série de outras linguagens, quase tudo pode ser trabalhado audiovisualmente.
Mesmo as situações mais abstratas e desprovidas de imagens podem ser apresentadas por meio de algum tipo de estrutura áudio-escrito-visual. Fórmulas matemáticas podem ser demonstradas por meio de esquemas e gráficos animados. Experiências científicas, das simples às mais complexas, podem ser registradas em programas televisivos.
Em síntese, o surgimento desse novo meio ambiente de forte densidade educativa pode ser explorado das mais variadas formas em todas as situações de aprendizagem, desde que se disponha dos instrumentos adequados.
Segundo Ubiratan D’Ambrósio, nenhuma língua ou religião se impôs ao mundo, somente o pensamento científico e o principal produto dele derivado, a tecnologia. Se nenhuma língua se impôs ao mundo, pode-se afirmar que uma linguagem sim – a do audiovisual. É principalmente por seu intermédio que se estabelece a grande rede de comunicação que envolve o mundo contemporâneo. É sobretudo por meio das imagens e sons possíveis de serem registrados por instrumentos audiovisuais que se configura a sociedade global.
“Os meios de comunicação revelam-se particularmente eficazes para desenhar e tecer o imaginário de todo o mundo. A mídia impressa e eletrônica, cada vez mais acoplada em redes multimídias universais, constitui a realidade e a ilusão da aldeia global”, diz Ianni. Nesse contexto, as mídias de âmbito específico, principalmente aquelas voltadas exclusivamente para a educação, têm um papel fundamental a cumprir. O grande desafio que se apresenta é o de integrar consciente e criticamente a escola, seus alunos e professores no universo da sociedade globalizada.
Bibliografia
AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas, Papirus, 1994.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Ciência. In: Pensamento inquieto.
Brasília, Cead – Editora da UnB, 1993.
IANNI, Octavio. Teorias da globalização. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1995.
ORTIZ, Renato. A moderna tradiação brasileira: cultura brasileira e indústria cultural.
São Paulo, Brasiliense, 1991.
Salto para o Futuro: TV e informática na Educação/Secretaria de Educação a Distância.
Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, SEED, 1998.
112 p. – (Série de Estudos. Educação a Distância, ISSN 1516-2079; v.3)
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