ANÁLISE, PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE AULA COM MATERIAL DIGITAL - AULA UTILIZANDO OS RECURSOS DO PROGRAMA TV ESCOLA
O tema da incorporação de novas tecnologias e suas linguagens na Educação deixou de ser polêmico. Afinal, não explorar na escola um potencial de recursos tão ricos seria o mesmo que hospitais rejeitarem aparelhos de tomografia computadorizada ou pessoas se recusarem a usar o caixa eletrônico do banco.
A questão agora é como os atores educacionais estão se apropriando dessas novas tecnologias, não só do ponto de vista do seu manuseio, mas principalmente de sua utilização pedagógica, para que possam provocar impactos positivos na escola.
Os equipamentos são valiosos quando incorporados, conscientemente, ao projeto pedagógico da escola.
Um dos eixos das mudanças na Educação passou e ainda passa por sua transformação em um processo de comunicação autêntica e aberta entre professores e alunos, primordialmente, mas também incluindo administradores e comunidade, principalmente os pais.
Só vale a pena ser educador dentro de um contexto comunicacional participativo, interativo, vivencial. Só aprendemos profundamente dentro deste contexto. Não vale a pena ensinar dentro de estruturas autoritárias ou de forma autoritária. Pode até ser mais eficiente em curto prazo – os alunos aprendem rapidamente determinados conteúdos programáticos – mas não aprendem a ser pessoas, a ser cidadãos.
Com a internet estivemos e ainda estamos tendo de modificar a forma de ensinar e de aprender. Muitas formas de dar aula hoje não se justificam mais. Perdemos tempo demais, aprendemos muito pouco, nos desmotivamos continuamente.
O conceito de curso, de aula, também muda. Hoje entendemos por aula um espaço e tempo determinado. Esse tempo e espaço cada vez serão mais flexíveis. O professor continua “dando aula” quando está disponível para receber e responder mensagens dos alunos, quando cria uma lista de discussão e alimenta continuamente os alunos com textos digitais, páginas da Internet, fora do horário específico de sua aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes, quando tanto professores quanto alunos estão motivados e entendem a aula como pesquisa e intercâmbio, supervisionados, animados, incentivados pelo professor. O professor precisa estar atento, porque a tendência na Internet é para a dispersão fácil. O intercâmbio constante de resultados, a supervisão do professor pode ajudar a obter melhores resultados.
O audiovisual representa para a língua falada o que o livro representa para a língua escrita. Uma das mais ricas possibilidades que a televisão tem a oferecer para a Educação é a do estudo da língua. Talvez porque a língua seja, ou assim se pode considerar, o mais importante dos temas transversais, aquele que perpassa todos os demais temas de que trata a escola.
Com os programas voltados para disciplinas específicas (considerando também aqui, o programa TV escola), pode-se estudar, por exemplo, a utilização das diferentes linguagens técnicas. Esta é uma excelente forma de se aprender os diversos termos próprios de cada área e como isso acontece no interior dos grupos, criando por assim dizer, outro código dentro do código mais geral da língua.
Os recursos audiovisuais possibilitam identificar, entre outras, uma linguagem da Matemática, uma linguagem da Geografia, outra da Biologia, da Física, outra da Química. Isso, de certa forma, extrapola o espaço da escola. É importante considerar que todas essas áreas têm sua maneira própria de se expressar oralmente e a língua é um elemento fundamental nesse processo, quando não o seu elemento determinante.
A antena parabólica não apenas traz o mundo para dentro da escola por meio dos diversos programas, mas, igualmente, situa a escola numa outra perspectiva...
OBS.: a segunda parte deste texto será postada amanhã, 26/08/2010.
CURSISTA: Silvania Bucar
PROFESSOR FORMADOR: Erivaldo Dias dos Santos
O tema da incorporação de novas tecnologias e suas linguagens na Educação deixou de ser polêmico. Afinal, não explorar na escola um potencial de recursos tão ricos seria o mesmo que hospitais rejeitarem aparelhos de tomografia computadorizada ou pessoas se recusarem a usar o caixa eletrônico do banco.
A questão agora é como os atores educacionais estão se apropriando dessas novas tecnologias, não só do ponto de vista do seu manuseio, mas principalmente de sua utilização pedagógica, para que possam provocar impactos positivos na escola.
Os equipamentos são valiosos quando incorporados, conscientemente, ao projeto pedagógico da escola.
Um dos eixos das mudanças na Educação passou e ainda passa por sua transformação em um processo de comunicação autêntica e aberta entre professores e alunos, primordialmente, mas também incluindo administradores e comunidade, principalmente os pais.
Só vale a pena ser educador dentro de um contexto comunicacional participativo, interativo, vivencial. Só aprendemos profundamente dentro deste contexto. Não vale a pena ensinar dentro de estruturas autoritárias ou de forma autoritária. Pode até ser mais eficiente em curto prazo – os alunos aprendem rapidamente determinados conteúdos programáticos – mas não aprendem a ser pessoas, a ser cidadãos.
Com a internet estivemos e ainda estamos tendo de modificar a forma de ensinar e de aprender. Muitas formas de dar aula hoje não se justificam mais. Perdemos tempo demais, aprendemos muito pouco, nos desmotivamos continuamente.
O conceito de curso, de aula, também muda. Hoje entendemos por aula um espaço e tempo determinado. Esse tempo e espaço cada vez serão mais flexíveis. O professor continua “dando aula” quando está disponível para receber e responder mensagens dos alunos, quando cria uma lista de discussão e alimenta continuamente os alunos com textos digitais, páginas da Internet, fora do horário específico de sua aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes, quando tanto professores quanto alunos estão motivados e entendem a aula como pesquisa e intercâmbio, supervisionados, animados, incentivados pelo professor. O professor precisa estar atento, porque a tendência na Internet é para a dispersão fácil. O intercâmbio constante de resultados, a supervisão do professor pode ajudar a obter melhores resultados.
O audiovisual representa para a língua falada o que o livro representa para a língua escrita. Uma das mais ricas possibilidades que a televisão tem a oferecer para a Educação é a do estudo da língua. Talvez porque a língua seja, ou assim se pode considerar, o mais importante dos temas transversais, aquele que perpassa todos os demais temas de que trata a escola.
Com os programas voltados para disciplinas específicas (considerando também aqui, o programa TV escola), pode-se estudar, por exemplo, a utilização das diferentes linguagens técnicas. Esta é uma excelente forma de se aprender os diversos termos próprios de cada área e como isso acontece no interior dos grupos, criando por assim dizer, outro código dentro do código mais geral da língua.
Os recursos audiovisuais possibilitam identificar, entre outras, uma linguagem da Matemática, uma linguagem da Geografia, outra da Biologia, da Física, outra da Química. Isso, de certa forma, extrapola o espaço da escola. É importante considerar que todas essas áreas têm sua maneira própria de se expressar oralmente e a língua é um elemento fundamental nesse processo, quando não o seu elemento determinante.
A antena parabólica não apenas traz o mundo para dentro da escola por meio dos diversos programas, mas, igualmente, situa a escola numa outra perspectiva...
OBS.: a segunda parte deste texto será postada amanhã, 26/08/2010.
CURSISTA: Silvania Bucar
PROFESSOR FORMADOR: Erivaldo Dias dos Santos
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